domingo, 20 de fevereiro de 2011

Gerenciamento de Cronicos: Um desafio para todos


O envelhecimento é o foco do Instituto SEQUOIA, todos já sabem! Mas o que a muita gente não sabe o que realmente fazemos diferente. O Instituto Sequoia tem como característica o cuidado integral do idoso e todos envolvidos no seu cuidado. Com o envelhecimento há maiores possibilidades da pessoa ser portadora de uma ou mais doenças crônicas e estas são a nossa principal razão de ser. O Instituto Sequoia gerencia as pessoas que padecem destas patologias. O geriatra é o grande maestro de uma orquestra chamada equipe multiprofissional, focada no atendimento de todas as demandas dos seus clientes. O geriatra aqui denominado gerente pois ele é o responsável pelo ativo principal de um pessoa: sua saúde! a importância desta característica se dá quando entendemos as características destas doenças que não tem cura e provocam consequências impactantes. Vejam algumas destas características:
1) caráter multifatorial, em que há uma superposição de fatores contribuintes para o surgimento das doenças, como a genética e os hábitos de vida adquiridos ao longo da vida, como sedentarismo, alimentação pobre em fibras, rica em sal e açúcares;
2) caráter indolente, em que algumas enfermidades, como Pressão alta (HAS) e diabetes (DM), apresentam seus primeiros sinais no adulto jovem e com isso o paciente convive, em uma grande parte da sua existência, com a presença e até mesmo com as seqüelas que interferem na qualidade de vida pela progressão das mesmas;
3) custos envolvidos, como nas osteomiopatias (osteoartrite, também chamada leigamente de artrose) e nas doenças Neuro-degenerativas, entre elas a Doença de Parkinson e as demências, pois mesmo surgindo em uma idade mais avançada, progridem de acordo com a história natural da doença e geram impacto significativo para o enfermo e sua família envolvendo custo financeiro e emocional elevados;
4) incurabilidade, em que os sinais e sintomas são tratados farmacologicamente ( com remédios) a fim de permitir um convívio “harmônico” entre o indivíduo e suas enfermidades, promovendo uma estabilidade clínica ao longo do tempo, mesmo com a consciência de que estas doenças progridem com o avançar da idade;
5) impacto social, em que determinadas doenças contribuem para o isolamento do enfermo e ou de sua família conseguinte as limitações impostas com o avançar das sequelas, como incontinência urinária, agitação psicomotora e rigidez articular, o que poderá ocasionar a restrição ao leito;
6) caráter fomentador de discussões éticas sobre o final de vida, pois a presença de sequelas incapacitantes com a progressão de doenças como Esclerose Lateral Amiotrófica, Neoplasias, Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, Insuficiência Cardíaca, DPOC (enfisema) e Nefropatia Dialítica, todas em fases terminais, estimulam discussões entre as quais: o local da morte, qual a melhor abordagem terapêutica nestes enfermos, a participação da família como coadjuvante do tratamento, a capacitação técnica dos profissionais de saúde envolvidos com este tratamento e o respeito a autonomia relacionada ao processo decisório do enfermo.
Com todo este grau de complexidade, o profissional mais preparado para cuidar deste idoso é o geriatra, o especialista do envelhecimento. Por isso, o acompanhamento sequencial, rotineiro e contínuo destes casos é fundamental e esse é o desafio do gerenciamento de crônicos. Aqui , você não vai a consulta quando sente algo. Você vai a consulta sempre, independente de estar se sentindo bem ou mal, pois algumas vezes o silêncio da doença poderá ser o início de uma descompensação futura!
Até o próximo mês!

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