katrryn Erskine - Ed. Valentina (2013)
Trata-se de um livro que, de forma romanceada, nos convida a refletir em torno do tema da violência nas escolas, do autismo e também sobre morte e luto. Penso que acima de tudo, seguindo aqui nosso maior interesse, é uma grande dica para os interessados nas questões que envolvem o processo do luto.
É uma obra extraordinária que através do relato de uma menina com Síndrome de Asperger(*), nos mostra o esforço psíquico de cada um na elaboração do luto e do funcionamento psíquico na procura por um desfecho que seja satisfatório ao sujeito.
Para mim, como psicanalista, me impressionou a capacidade e a delicadeza da autora, que conseguiu expressar de forma tão precisa o funcionamento mental de uma criança com Síndrome de Asperger.
Mais um livro imperdível. Tenham uma ótima leitura. Fatima Geovanini
(*) Síndrome de Asperger era um transtorno do espectro autista, diferenciava-se do autismo clássico pelo portador ter fala compreensível. A validade do diagnóstico de SA como condição distinta do autismo é incerta, tendo sido removida do "Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais" (DSM), sendo fundida com o autismo. (...) Um dos primeiros usos do termo "síndrome de Asperger" foi por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma homenagear Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990. A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no DSM, na sua quarta edição, em 1994 (DSM-IV).
Algumas características dos Aspergers são: dificuldade de interação social, dificuldades em processar e expressar emoções (este problema leva a que as outras pessoas se afastem por pensarem que o indivíduo não sente empatia), interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças em sua rotina, pessoas desconhecidas, ou que não vêem há muito tempo, comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto. (wikipédia)
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