"Há 86 milhões de pessoas no mundo todo que sofrem dores, a grande maioria em países em desenvolvimento, sem ter acesso a tratamentos paliativos por meio de analgésicos para aliviar o sofrimento.
Assim afirmou hoje* a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão das Nações Unidas com sede em Viena responsável por zelar pelo cumprimento dos tratados internacionais contra as drogas.
Em seu relatório sobre 2008, afirma que "cerca de 90% dos remédios fiscalizados (para fins paliativos) são consumidos na América do Norte e na Europa".
*Viena, 19 fev (EFE)
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Cuidados paliativos para diminuir dor de pacientes terminais deveriam virar política pública, dizem especialistas
Aline Leal
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Especialistas que lidam no cotidiano com a iminência da morte defendem que o governo desenvolva uma política pública para melhorar a qualidade de vida de pacientes terminais. De acordo com a diretora da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, Dalva Yukie Matsumoto, a dor é sintoma predominante nos pacientes terminais no Brasil e falta formação para amenizá-la.
“A grande maioria dos médicos no Brasil não tem formação para tratar de dor, não sabe prescrever uma morfina, um opióide [substâncias naturais ou sintéticas derivadas do ópio] de forma adequada. Existe um tabu por acharem que morfina é para quem está morrendo. O mito é reforçado pelo mau uso. Esse é um grande desafio para gente [médicos paliativistas]”, disse Dalva, que coordena a Hospedaria de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público de São Paulo.
Pesquisa realizada pela consultoria Economist Intelligence Unit e publicada pela revista inglesa The Economist, em 2010, coloca o Brasil em 38º lugar em um ranking de 40 países quando o assunto é qualidade de morte. O país fica à frente apenas de Uganda e da Índia. Esse dado indica que o brasileiro em estado terminal ainda sofre muito no seu processo de morte.
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Aline Leal
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Especialistas que lidam no cotidiano com a iminência da morte defendem que o governo desenvolva uma política pública para melhorar a qualidade de vida de pacientes terminais. De acordo com a diretora da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, Dalva Yukie Matsumoto, a dor é sintoma predominante nos pacientes terminais no Brasil e falta formação para amenizá-la.
“A grande maioria dos médicos no Brasil não tem formação para tratar de dor, não sabe prescrever uma morfina, um opióide [substâncias naturais ou sintéticas derivadas do ópio] de forma adequada. Existe um tabu por acharem que morfina é para quem está morrendo. O mito é reforçado pelo mau uso. Esse é um grande desafio para gente [médicos paliativistas]”, disse Dalva, que coordena a Hospedaria de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público de São Paulo.
Pesquisa realizada pela consultoria Economist Intelligence Unit e publicada pela revista inglesa The Economist, em 2010, coloca o Brasil em 38º lugar em um ranking de 40 países quando o assunto é qualidade de morte. O país fica à frente apenas de Uganda e da Índia. Esse dado indica que o brasileiro em estado terminal ainda sofre muito no seu processo de morte.
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