quarta-feira, 21 de maio de 2014

uma poesia

Morte que revida 

Pessoas estranhas
A viver saudades
De todas as entranhas
Enfim infinidades

Sem mais afinidades
Máquina das entranhas
Infinitude de idades
Máquinas dos tempos estranhas

Clássicos de Beethoven
Vieram da evolução
Sem to be e nem mais vêm
Longe de solução

Precisamos criar do feio , o belo com dor
Na música e poesia , do ruim ao bom
No trabalho, o servir com amor

Sentimos o girar rápido ao olhar prum relógio
Segundos fazendo décadas e nós em
Séculos de distância em relicários, sem ódio

Tudo o que acontece pela arte atual mostra
O que somos agora , a nossa feiura e beleza
Nossa inteligência sensível ou estupidez da tristeza
Quanto mais passado , menos tudo hoje e mais nada atualmente...

O áureo do passado
O valor do presente
O sumiço no futuro
Saudade do ensinamento

O ensinamento sumiu sem o aprendizado
Ficamos do tamanho da birra ou rebeldia
Sem motivo em algum belo novo
Quanto menos estético mais triste somos ...

O aprendizado sempre do zero
Zero que nos aproxima do fim
Sem qualquer mero início
Ficando sem objeto e sem fim

O reviver
O revisar
O revidar
A releitura
O repensar
O recuperar
O reescrever
Menos praticar
Menos repraticar
A morte revida
A procurar vida

Enfim, fazemos dos mestres os
Abandonados, os tristes visionários
Sem alunos num mundo
De pequenos mundinhos solitários ...

***
Do álbum: Fotos da linha do tempo
De Coruja JF
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