Um ensaio sobre o efêmero e a observação do outro
por John Burnside
imagem revistapiaui |
Espero um voo no Aeroporto de
Newark. Houve um tempo em que qualquer canto dos aeroportos era um lugar bom
para ler, ou então relaxar, esvaziar-se, não ser ninguém em particular – e
nesse sentido ser, mais especificamente, você mesmo. Hoje há aparelhos de tevê
por toda parte, posicionados de tal maneira que, quando consigo escapar do som
do primeiro, já ouço o seguinte, e as notícias da mais recente atrocidade ou do
último escândalo do governo me seguem de um ponto a outro, com todo o poder e a
insistência de que banalidades amplificadas se revestem atualmente. Nem mesmo
bares e restaurantes oferecem refúgio, embora neles em geral a conversa gire em
torno de esportes ou da mais nova e malcomportada banda de garotos.
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