A ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer realiza uma programação específica para divulgar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, 21 de setembro, em todo o País, data instituída pela ADI (Alzheimer's Disease International), entidade internacional que congrega mais de 75 Associações de Alzheimer no mundo. Para a ABRAz, o Dia Mundial da Doença de Alzheimer é uma oportunidade para sensibilizar a população em geral, entidades públicas e privadas de saúde, bem como os profissionais da área para essa doença que acomete mais de 1,2 milhão de brasileiros.
A ABRAz está no Parque Ibirapuera com profissionais da área de saúde e dezenas de voluntários para atender ao público e orientar sobre a doença. A frase: “Alzheimer: quanto antes souber, mais tempo você terá para lembrar” está sendo utilizada pela ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer em suas ações e, durante o mês de setembro, para a conscientização da doença.
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Saiba mais sobre a doença que afeta cerca de 35,6 milhões de idosos em todo o mundo
A memória vai enfraquecendo e o raciocínio já não é mais o mesmo. Fatores que para muita gente são características normais do envelhecimento, são também os sintomas iniciais de uma das doenças mais comuns entre idosos do mundo todo: o Alzheimer. Estima-se que cerca de 35,6 milhões de idosos sofrem com o mal em todo o mundo, 1,2 milhão apenas no Brasil.
O Mal de Alzheimer ocorre em aproximadamente 50% a 60% dos casos de demência entre idosos. O brasileiro com Alzheimer leva mais de três anos para obter o diagnóstico, já que os sintomas como perda de memória, dificuldade de raciocínio e desorientação são geralmente associados ao processo de envelhecimento. Outros sintomas incluem mudança de personalidade e da capacidade de julgamento.
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Como seria um livro se tivesse perda de memória? Renato Cruz Santos
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Rita pôs o design ao serviço dos doentes com Alzheimer
Inspirada pelos avós, ambos doentes com Alzheimer, Rita Maldonado Branco dedicou a sua tese de mestrado em Londres à doença. No doutoramento que agora iniciou quer trabalhar outras ferramentas que sirvam mais doentes e famílias
Texto de Mariana Correia Pinto
Depois de seis horas de viagem, já perto do Algarve, onde todos os anos passavam uma semana de férias, o avô Vasco Branco perguntou: “Então quando é que voltamos para Aveiro? Já são horas de jantar.” Mais de uma década volvida, Rita Maldonado Branco, a neta, continua a lembrar-se perfeitamente deste episódio. Naquele momento, a família tinha já o alerta ligado: talvez as falhas de memória não fossem apenas coisa normal de quem tinha, naturalmente, uma “memória selectiva”.
O Alzheimer entrou na vida de Rita assim: apoderando-se paulatinamente da memória do avô paterno, mais tarde também da avó materna. Um dia, ainda adolescente, viu-se em busca de informação sobre a doença: “Dei por mim a tentar perceber o que era esta doença, como é que afectava as pessoas, o que acontecia para que o meu avô estivesse assim.”
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