FRANCISCO TEIXEIRA DA MOTA
12/09/2014
A eutanásia coloca-se quando o sofrimento é tão grande e constante que, entre dois males, a morte é o mal menor.
Sou inequivocamente a favor do direito à eutanásia.
Sem deixar de reconhecer a importância dos cuidados paliativos e sem ignorar os riscos de uma consagração de tal direito sem a devida regulamentação e supervisão, acredito que todos temos direito a pôr termo à nossa própria vida com o apoio de terceiros, em determinadas condições.
Quando o sofrimento se torna insuportável, quando a vida deixa de ter qualquer sentido para além do próprio sofrimento em que se vive, deveria ser possível a qualquer pessoa aceder a um meio digno de acabarmos com a nossa existência. Ninguém quer morrer ou morre por gosto. A questão coloca-se quando o sofrimento é tão grande e constante que, entre dois males, a morte é o mal menor.
A questão da eutanásia foi agora colocada nas primeiras páginas de alguma imprensa, graças a uma queixa apresentada há dias no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) pelo filho de Godelieva De Troyer, uma cidadã belga de 64 anos que morreu em Abril de 2012 graças ao Dr. Wim Distelmans que acedeu ao seu desejo de morrer. Estava a viver um sofrimento insuportável em consequência de uma depressão diagnosticada como incurável.
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