domingo, 21 de julho de 2013

Saramago escreveu sobre a Morte

apresentação do livro pela Editora, a Companhia das Letras

"Não há nada no mundo mais nu que um esqueleto", escreve José Saramago diante da representação tradicional da morte. Só mesmo um grande romancista para desnudar ainda mais a terrível figura.
Apesar da fatalidade, a morte também tem seus caprichos. E foi nela que o primeiro escritor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel da Literatura buscou o material para seu novo romance, As intermitências da morte. Cansada de ser detestada pela humanidade, a ossuda resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. 

continua

Comentário

"Um livro inusitado, adorável, com temperos de ironias e sarcamos. Com um olhar ímpar, Saramago discute Cuidados Paliativos, "antropomorfisa" a morte, como uma donzela educada, bonita e sensível. Discute as questões comerciais, religiosas, as dificuldades epidemiológicas em torno da vida e morte e a complexidade de uma sociedade em torno de uma contradição. Vale uma leitura individual, reflexiva e de interpretação singular, pois para cada leitor, haverá um aspecto a ser destacado e analisado. É um convite ao devaneio que por vezes não temos tempo para fazer e muito útil nos dias corridos de hoje". Anelise Fonseca

      Download do livro em Labirinto de Letras
         

um poema de Drummond: "Morte do Leiteiro"




Uma análise do poema:

A lógica da reificação em “Morte do leiteiro” de Drummond 
Prof. Dr. Alexandre Pilati – CEELL – DF 

“Morte do leiteiro” é um poema de Carlos Drummond de Andrade, publicado em A rosa do povo (1945). O texto insere-se num quadro literário mais amplo, que abarca os anos 30 e 40, o qual impôs ao poeta a necessidade de posicionamento diante de acontecimentos como a expansão do fascismo, a guerra de Espanha, a Segunda Guerra Mundial. 
(pdf) continua

sábado, 20 de julho de 2013

a fotogenia da Morte


Norte-americana faz série fotográfica com pacientes terminais em momentos felizes

A ideia de Lynette Johnson é transformar as belas imagens em uma forma de “celebração à vida”

FOTO: SOULUMINATION.ORG

Soulumination, fundação que clica pacientes em estado terminal a partir de uma visão positiva, na qual, como ela mesma diz em entrevistas, “os fotografados aparecem felizes ao lado da família, como um ato de amor e celebração à vida”.

leia em Marie Claire online

Sugestão de leitura


Livro: A Vida Humana
André Comte-Sponville 
Desenhos de Sylvie Thybert 
Ed. Martins fontes, São Paulo, 2009 



Filósofo francês, nascido em 1952, André Comte-Sponville é uma referência atual para interessados em filosofia. Em geral, os temas apresentados são abordados com clareza sem perder a profundidade que o conteúdo exige.

Comentário

Um dos seus livros bastante divulgado é o “Tratado das Grandes Virtudes”. Sem dúvida, uma leitura imperdível. No entanto, queremos hoje indicar uma publicação de 2009: “A Vida Humana”. Trata-se de um belo texto, dividido em capítulos que se referem às diferentes etapas da vida – desde o que ele chama de “Antes de Nascer” até a última parte, nomeada “A Eternidade”. 
Especial ênfase deve ser dada aos capítulos “Durar” e “Morrer”, pois, além de acrescentar reflexões ao nosso tema de trabalho, o autor aborda com delicadeza a realidade desses momentos tão relevantes da vida. Ainda um especial destaque deve ser dado às belíssimas ilustrações de Sylvie Thybert acompanhando cada capítulo, ou melhor, cada etapa desse nosso viver. Fátima Geovanini

A Morte em cena

Grupo Teatral Coletivo EmFoco, de Fortaleza transforma o Cemitério São João Batista em palco para refletir a respeito da morte.
DIÁRIO DO NORDESTE, FORTALEZA, CE, 13 DE JULHO DE 2013


Proporcionar uma experiência artística ou poética tendo o espectador como um dos elementos a integrar a obra, definida como aberta. Com esse propósito foi Cemitério São João Batista, localizado no Centro de Fortaleza, foi transformado num grande palco a céu aberto pelos seis integrantes do grupo de teatro EmFoco. O público convidado a participar de um jogo cênico, no qual artistas e espectadores interagem.


Comentário de Fatima Geovanini:
Um trabalho inusitado em Fortaleza nos faz pensar em como vem crescendo diferentes iniciativas de estímulo à reflexão sobre a morte. O teatro entra como mais um recurso para nos auxiliar a lidar com a morte e o morrer.

domingo, 14 de julho de 2013

palavras de Rubem Alves sobre a morte

Texto cedido gentilmente ao Blog pela psicóloga Dulcinéia da Mata


Sobre a morte e o morrer
Rubem Alves

O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define?
Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...
Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.
Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...” 
Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...” 
Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.
Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".
Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.
Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.
Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?
Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.
Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".
Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.
Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.

Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12-10-03. fls 3.

e tem mais sobre o nosso cérebro


Uma página muito interessante e divertida para os amantes de nossa incrível massa cinzenta


O Cérebro Nosso de Cada Dia foi criado em 2000 por Suzana Herculano-Houzel, neurocientista formada pela Case Western Reserve University (EUA), Universidade Paris VI (França) e Instituto Max-Planck para a Pesquisa do Cérebro (Alemanha) e bióloga graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Este site hoje é mantido com recursos da FAPERJ e do CNPq.

conheça e divirta-se
Suzana em foto do site



O nosso cérebro: prazer em conhecer

Neurocientista Antonio Damásio desvenda mistérios do cérebro humano

foto google
António Rosa Damásio é um médico neurologista, neurocientista português que trabalha nos estudo do cérebro e das emoções humanas. É professor de Neurociência na University of Southern California. Wikipédia 

veja o vídeo em GloboNews Ciência e Tecnologia

* * * 
António Damásio: o neurocientista põe a mão na consciência

Um dos maiores mistérios da natureza está dentro da cabeça de cada um de nós. Como é que o nosso cérebro gera a consciência? Como consegue Articular a nossa percepção do mundo com o nosso sentir do mundo e de nós próprios? Como fabrica subjectividade, esse atributo exclusivamente humano da mente consciente?

Há quem diga que o problema de saber como a consciência é construída pelo cérebro humano é demasiado complexo para ser resolvido... pelo cérebro humano.
O neurocientista português António Damásio — um dos mais brilhantes investigadores do mundo na área do cérebro — não concorda: a prova disso é que tem dedicado a sua vida ao estudo das bases biológicas da consciência e do papel das emoções na consciência, na tomada de decisão ou no sentido moral.


livros disponíveis



sinopse no site da Saraiva

asilo ou exílio?

"Asilo não é sinônimo de crueldade, mas idoso fica melhor em casa"

Giovanny Gerolla
Do UOL, em São Paulo 13/07/2013


foto UOL
"É preconceito pensar que a vida do idoso no asilo será cruel. As ILPIs –sigla para Instituições de Longa Permanência de Idosos– são uma modalidade de serviço, assim como escolas, creches e hospitais e, de acordo com Ana Amélia Camarano, técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), "há serviços bons e ruins". É preciso saber escolher".


opinião

"Esta reportagem de sábado, 13 de julho de 2013, mostra uma das facetas do processo de envelhecimento da população. Dentre as dificuldades enfrentadas está o local para moradia do idoso, seja ele lúcido e mais comumente o portador de uma demência  Diante de famílias pequenas, das dificuldades nas relações inter geracionais  da escassez de profissionais capacitados tecnicamente para este cuidado e até mesmo de sua renda limitada e de sua família, quais os caminhos alternativos para que o idoso possa permanecer em um ambiente harmonioso, onde se sinta incluído, participativo e acima de tudo, com afeto? 
Como as opções existentes de moradia e quais os elementos que devem estar contidos que possam transformar o sentimento de "menos valia", por vezes comum cuja tendencia é o isolamento, para um sentimento participativo, contribuidor e mais ainda "ativo"? 
Nem sempre há alternativas e não cabe o julgamento das pessoas ao redor por esta ou aquela decisão. Mediante o caminho escolhido, o que deve ser feito alem de revê-lo sistematicamente é ter a certeza que estamos realmente fazendo o melhor, para o idoso e não para a gente".  Anelise Fonseca



uma prosa poética com Mia Couto

sexta-feira, 12 de julho de 2013

uma resenha

A atuação do Serviço Social junto a pacientes terminais: breves considerações


A forma de encarar a morte modificou-se ao longo do tempo e, atualmente, este acontecimento causa certo pavor.
Esse sentimento de pavor pode se agravar no caso de pacientes terminais, pois, além de terem que enfrentar uma gama de dificuldades relativas à doença que possuem, passam a lidar constantemente com a questão da morte.
Neste contexto, embora o papel do assistente social seja fundamental, ele ainda é pouco conhecido e as reflexões sobre as possibilidades e limites de atuação dos profissionais junto a pacientes terminais permanecem escassas.
Diante disso, o objetivo deste artigo é trazer à tona algumas considerações sobre o papel do assistente social junto a esses indivíduos.



Serviço Social e cuidados ao fim da vida. Uma resenha comentada.

Sara Nigri Goldman
Fui instigada por Anelise Fonseca e fazer um pequeno artigo sobre o Serviço Social e Cuidados Paliativos. Sou novata no grupo de interesse sobre Cuidados Paliativos e aprendendo com colegas que trabalham na área. Minha experiência como Assistente Social se desenvolveu em inúmeros campos, iniciando em urbanização em favela , percorrendo FUNABEM, pesquisa sobre acidentes de trabalho na construção civil, subvenção em Obras Sociais, Fundação Leão XIII na capital e no interiore Sistema Penitenciário. Trabalhei como professora universitária da UFRJ onde  ministrei inúmeras disciplinas ligadas ao Serviço Social e à Sociologia, pois tenho graduação também em Ciências Sociais. Mas nunca trabalhei na área específica da saúde. Por isso optei por trazer à luz um artigo interessante que trata do tema com maestria que ainda não tenho.
O artigo “A atuação do Serviço Social junto a pacientes terminais: breves considerações”  publicado na Revista Serviço Social e Sociedade número 102  em 20010  apresenta um dos raros textos sobre a relação entre o Serviço Social com os cuidados ao fim da vida.
As autoras Fernanda dos Santos, Liane de Freitas Oliveira, Renata Aline dos Santos, Rita Colen Hilário e Suélem Cabral Caetano .iniciam a exposição citando  a necessidade de ampliar debates e críticas acerca da importância do Serviço Social na equipe interprofissional que atende pessoas em terminalidade  e seus familiares.
Respalda-se na bibliografia consagrada sobre morte em Aríes(1981) e  Kluber-Ross (1981) , sobre Cuidados Paliativos em Ballone (2003), Brum (2008) Pessini (2005) e  Silva e Hortale (2006), sobre Políticas de Saúde em Bravo (2007) e Cohn (2008) e sobre pesquisa em Minayo (1999).
Eis a proposta apresentada com as palavras das autoras;
“A forma de encarar a morte modificou-se ao  longo do tempo e, atualmente, este acontecimento causa certo pavor. Esse sentimento de pavor pode se agravar no caso de pacientes terminais,pois, além de terem que enfrentar uma gama de dificuldades relativas à doença que possuem, passam a lidar constantemente com a questão da morte. Neste contexto, embora o papel do assistente social seja fundamental, ele ainda é pouco conhecido e as reflexões sobre as possibilidades e limites de atuação dos profissionais junto a pacientes terminais permanecem escassas. Diante disso, o objetivo deste artigo é trazer à tona algumas considerações sobre o papel do assistente social junto a esses indivíduos.” Pg. 352.

O artigo reitera que há um grande desafio e muito a estudar, sugerir e agir para que o Serviço Social ocupe um espaço de relevância na equipe de Cuidados Paliativos.
Cabe ressaltar que o Serviço Social tem a sua trajetória histórica associada a intervir  tecnicamente nos problemas sociais . No chamado Serviço Social Tradicional o foco era em situações individuais, (Serviço Social de Caso), Serviço Social de Grupo e Serviço Social em Comunidades (Desenvolvimento de Comunidade). O movimento denominado Reconceituação do Serviço Social  com base no constructo marxiano, convoca a profissão  a se comprometer com a classe trabalhadora no enfrentamento das expressões da questão social.
O âmbito de ação do Serviço Social é tão amplo quanto ao espectro das formas como a questão social se expressa.
Mesmo assim há áreas onde o Serviço Social  tem , ainda, pouca visibilidade como é o caso dos Cuidados Paliativos. Pensa-se, de imediato, ser da competência do Serviço Social atitudes concretas como providências relativas á Previdência Social, ao enterro e outras. As autoras atentam para isso ao colocar a necessidade de diálogo entre a equipe de saúde para atuarem junto aos pacientes e familiares ”para que o trabalho desenvolvido atinja de forma eficiente e eficaz os resultados na humanização e no cuidado de cada paciente” pg.362.
Por se tratar de uma profissão radicalmente humana, desde suas origens, cabe pensar e agir no sentido de capacitar os profissionais de Serviço Social para uma atuação comprometida, criativa e crítica junto aos pacientes e seus familiares num momento tão sofrido de suas vidas.
Cabe às Universidades com Cursos em Serviço Social atentarem para que professores e alunos lancem olhares e saberes sobre Cuidados Paliativos, numa sociedade com alto percentual de idosos vivendo a última etapa de suas vidas.
Para finalizar eis um trecho do artigo que mostra a dimensão política e o compromisso do Serviço Social:
“Entre os vários desafios que permeiam a profissão na atualidade está a necessidade de contribuir para a construção e a objetivação de políticas sociais mais justas. Desse modo, a compreensão sobre as necessidades que vêm surgindo na área de saúde fazem parte da possibilidade de intervenção e atuação do assistente social. Nota-se uma carência muito grande nesse setor, o que constitui um desafio, porém não um limite para o profissional que é engajado e comprometido. Nesse sentido, espera-se que este artigo possa contribuir para o conhecimento e a reflexão da categoria diante das diversas demandas sociais, além de propor uma articulação entre saber e prática no atendimento ao paciente terminal.”






notícia auspiciosa

Pela primeira vez Doença de Alzheimer é revertida em paciente

Simone de Moraes 

A doença de Alzheimer foi revertida pela primeira vez no Canadá e com sucesso. Uma equipe de investigadores canadenses, da Universidade de Toronto, liderada por Andres Lozano, usou uma técnica de estimulação cerebral profunda, diretamente no cérebro de seis pacientes, conseguindo travar a doença. O estudo vem publicado na «Annals of Neurology».

leia mais em brasilempauta

" Um noticia esperançosa mas que exige um olhar critico em relação nao apenas ao acesso a esta técnica como também quando pensamos a sua efetividade no longo prazo. De toda forma, importante saber que a demência é um problema de saúde publica cuja incidência está relacionada ao envelhecimento. Diante de uma sociedade que envelhece em uma velocidade acima do que estamos preparados social, político, econômico e culturalmente, mais do que ter a esperança da cura, temos que saber cuidar destas pessoas. E a pergunta que fica: quem é que cuida dos pacientes com demência? Temos profissionais de saúde preparados para lidar com estes pacientes? Será que os hospitais seriam os locais mais adequados, precisamente as UTI, para que um paciente, em fase avançada de doença, permaneça um longo tempo? sao questões que ainda permanecem no ar"

Anelise fonseca

segunda-feira, 8 de julho de 2013

o instantâneo final ...

Projeto comovente registra pacientes terminais em momentos felizes em família

Soulumination

O tema das doenças terminais, e em especial da morte, é sempre bastante sensível, mas não é a primeira vez que vemos um fotógrafo torná-lo ainda mais emocionante. Lynette Johnson garante que quer celebrar a vida das pessoas que sofrem de doenças terminais e por isso criou Soulumination – uma fundação que fornece fotografias para famílias com jovens com menos de 18 anos, nas quais um dos membros enfrenta o final da vida.




Trabalho belíssimo, sensível e comovente do fotógrafo que registra os momentos finais, ou até pós-óbito de pacientes com doenças terminais. Vale a pena uma observação atenta, aproveitando cada momento registrado e eternizado para, mais uma vez, apreendermos o que a morte tem a nos mostrar. 
Fatima Geovanini

... no programa da Ana Maria


em 02/07/2013 

Saiba como a morte vira instrumento pedagógico para refletir sobre a vida
A nova área das ciências humanas explora a busca pela felicidade

No Mais Você, o especialista em cuidados paliativos, Franklin Santana, destacou que, antes de qualquer entrega, esses pacientes devem lutar pela sua vida!



O que podemos aprender com a morte? 

Excelente entrevista do médico paliativista, acompanhada de belos depoimentos dos pacientes, reforçando a importância dos cuidados paliativos nos cuidados aos pacientes com doenças terminais e do ensino e preparo para a morte. Mais uma lição para todos!
Fatima Geovanini


* * *

memória



O globo Jornal da família 18/11/2001
Melhores escolhas na meia idade
Simone Sotto Mayor

Este artigo revela de forma belíssima os questionamentos, os ganhos e as perdas inerentes à vida e ao envelhecimento.
Vale uma leitura atenta. Apesar de escrito em 2001 mantém-se absolutamente atual em sua delicadeza, trazendo à tona nossas próprias reflexões. Fatima Geovanini