quarta-feira, 18 de junho de 2014

poesia de um imortal

                                Inscrição para um portão de cemitério
Mario Quintana

Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce – uma estrela,
Quando se morre – uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
“Ponham-me a cruz no princípio…
E a luz da estrela no fim!”
                              

Cemitério Portão, óleo em painel por Auguste Chabaud (1882-1955, France)

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